"Uma jornada de 200 quilômetros começa com um simples passo"

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Os benefícios dos exercícios físicos como complemento nos estudos do xadrez!

Magnus Carlsen (Campeão Mundial de Xadrez)
Olá a todos! 

Hoje vou repassar a vocês algumas dicas referente a exercícios físicos e como eles podem ajudar nas competições de xadrez!

Os benefícios dos exercícios físicos como complemento nos estudos do xadrez são discutidos e recomendados por especialistas.

A sua utilização está relacionada com desempenho de alto nível. 

As qualidades físicas mais utilizadas durante um jogo de xadrez (blitz, rápido e pensado) são:

- Cardiovascular;
- Neuromuscular;
- Alongamento e flexibilidade; 
- Relaxamento.

O desempenho do atleta dependerá de um programa que distribua preparação técnica e tática, psicológica e física; respeitando frequência, intensidade e duração de treino. 

- Exercícios aeróbicos ou cardiovasculares:

Constituídos por caminhada, corrida, ciclismo, natação, esportes coletivos (vôlei, futebol...), artes marciais (karatê, judô...), recreação (para crianças menores).

São ótimos para irrigar o sangue por todo o corpo, aumentando a capacidade de oxigenação cerebral, diminuindo a fadiga e o cansaço.

- Exercício neuromuscular:

São exemplos a musculação, ginástica localizada e pilates. Fortalecem os músculos favorecendo a imobilidade e concentração por mais tempo.

- Alongamento e relaxamento:

Incluem o próprio alongamento, yoga, tai chi e a meditação. Vão auxiliar desde a postura e a ansiedade, antes e durante o jogo, aumentando a concentração e o raciocínio.

Em casos de tensões utiliza-se até a acupuntura e massoterapia.

O profissional deverá estar atento aos sinais de stress, irritação ou queda de rendimento nas competições, mudando seu planejamento físico quando necessário. 

Até mais!

Daniel Yoshito Ikejiri

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

César Umetsubo, o 1º Mestre Internacional do Vale do Paraíba!!!

César Umetsubo, o Samurai Brasileiro!


César Hidemitsu Umetsubo, nascido em Jacareí, interior de São Paulo, participou do Campeonato Brasileiro de Xadrez 2013, realizado entre 13 e 21 de Dezembro em João Pessoa/PB. Apelidado de Samurai do Xadrez, César fez bonito, conquistando o 3º lugar! Com uma performance digna de Grande Mestre (sonoros 2605 pontos), conquistou sua última e definitiva norma de Mestre Internacional de Xadrez, se tornando assim, o 1º Mestre Internacional nascido no Vale do Paraíba! Vale ressaltar que se dentre seus adversários houvesse mais algum GM, a norma seria de Grande Mestre!  Além da norma definitiva, César já garantiu a vaga na final do Campeonato Brasileiro do ano que vem.


Entrevistamos o MF (Mestre Fide), agora MI (Mestre Internacional! Confira parte da entrevista:

Perfil:
Nome: César Hidemitsu Umetsubo
Onde Nasceu: Jacareí - SP
Cidade que reside: Florianópolis - SC
Live Rating: 2279 (2348 depois do brasileiro)
Escolaridade: Superior Incompleto
Profissão: Professor de Xadrez
Título: Mestre Fide

Entrevista: César Hidemitsu Umetsubo

1    1)      Como o xadrez começou na sua vida?

Oi, Daniel. O xadrez na minha vida iniciou em 3 ambientes ao mesmo tempo, quando eu tinha uns 7 anos:
a.       Colégio Objetivo Jr de Jacareí, coordenado pela Tia Silvia - eu jogava com alunos de todas idades, os que se destacavam eram Edson Sarmento, Katia Sarmento, Marcio Branco e meu irmão;
b.      Escola de Xadrez do Tio Ivan Balducci, em São José dos Campos – lá frequentavam crianças do vale do paraíba, lá conheci os irmãos Gabriel Miguel, Daniel Miguel.
c.       e na família eu tinha alguns parentes que jogavam comigo, como meu irmão, meu pai, minha avó, a avó do Alexandre Massao e o pai dele também.

2     2)      Como foi seu processo de evolução? Quais foram seus treinadores, métodos de estudos, etc?

Aos 9 anos, em 1993, o Tio Ivan nos incentivou a jogar o Campeonato Paulista Sub 10, 12 e 14. Gabriel Carvalho Moreira Miguel e eu eramos os representantes do Vale do Paraíba na categoria sub-10. No meio do torneio jogamos entre nós. Tivemos uma partida muito equilibrada e empatamos. Vencemos as demais partidas. Fiquei com o primeiro lugar apenas por critérios de desempate, mas acho que ele merecia o título tanto quanto eu. Alguns meses depois, deste mesmo ano, fomos ao Campeonato Brasileiro Sub-10 em Minas Gerais. Acho que fiquei em 6º e Gabriel em 3º.
Criou-se uma boa rivalidade entre Gabriel e eu. Ele era mais concentrado e mais destemido. Eu jogava mais torneios e era mais covarde.  Esta rivalidade foi um importante fator no meu desenvolvimento.
Meus principais mentores foram MI Hélder Câmara (dos 9 aos 12 anos) e MI Jefferson Pelikian (dos 13 aos 16 anos). Além destes 2 mestres, também me treinaram em menores períodos MI Antônio Carlos Resende, MI Gerardo Lebredo e Paulo Giusti.
Parei de jogar em 2000. Em 2002 joguei algumas partidas em período de curso pré-vestibular. Voltei a jogar em 2009, morando em Floripa. Desde então, treino sozinho, mas com muita ajuda de vários colegas e mestres.  
Eu nunca pensei na forma como estudo como um método... Tá vou tentar explicar mais ou menos.
Primeiro, eu gosto de xadrez como um todo. Então dificilmente acho chato ou tedioso qualquer contato com isso, seja ler, pensar, conversar, assistir, conversar sobre. Não tenho disciplina a ponto de fazer um cronograma e cumprir o que planejo fazer. O obcecado em xadrez não necessita disciplina para estudar xadrez. Eu não tenho tanta obsessão assim, mas disciplina tenho zero.
 Acho que meu treinamento tem estudo, prática, reflexão.
a.       Estudo: tem coisas que gosto mais, tem coisas que preciso mais. Por exemplo, agora que estou de férias eu tava a fim de ver um pouquinho de botvinnik, mas eu também sei que preciso consertar urgente um problema no meu repertório. Bom, eu acabo estudando botvinnik um dia, abertura outro dia. Exercícios de combinação faço em ônibus, fila de banco, etc.
b.      Prática: jogar é essencial pra tentar aplicar o que estudei, e para analisar e corrigir depois. 
c.       Reflexão: em momentos de caminhadas, viagens de bus e análises pós-torneios, reflito sobre o que preciso melhorar. Com boa frequência peço conselhos a algum mestre amigo.
Há períodos de saturação, também. Às vezes fico cansado e fico alguns dias sem ver  xadrez. Daí jogo algum outro passatempo.

3    3)      O que recomenda para quem deseja progredir?

Cuide da saúde. Mente e corpo.
Estude e treine porque gosta, não pelos resultados.
Abra a mente. Não acredite cegamente nas informações que chegam a ti. Reflita sobre o que lê, ouve e até mesmo o que já aprendeu e tem como certo. Tudo o que eu digo aqui pode ser balela.

4    4)      Quais livros você recomenda?

a.       Arte da Guerra – Sun Tzu
b.      Pense, Jogue e Treine como um GM – Kotov
c.       Training for the Tournament Player (Entrenamiento de Élite) – Dvoretsky e Yusupov
d.      Endgame Strategy – Shereshevsky
e.      Zurich 1953 – Bronstein

5    5)      Qual seu maior ídolo no xadrez? E por quê?

Rafael Leitão. Ele é o brasileiro que tem o título que mais desejei na vida: Campeão Mundial de Xadrez da Juventude.

Confira a entrevista completa: http://www.xadrezemmente.com/#!entrevistas/c1sjm