"Uma jornada de 200 quilômetros começa com um simples passo"

domingo, 30 de maio de 2010

Meio Jogo - Parte XXII - Peões (1)


Olá a todos!

Depois de um longo afastamento do xadrez (por causa da faculdade de engenharia, que necessita de uma boa disciplina e dedicação), estou de volta. Os torneios do Vale do Paraíba continuam existindo mas agora mais amador do que nunca, já que nem o site (www.avpxadrez.com) está atualizado e nem informações sobre as mudanças que seriam feitas nos moldes do campeonato anual foram publicadas. Conseqüência disto é a participação de cada vez menos jogadores, já que alguns pensam que torneio de xadrez é apenas para reunir o pessoal que gosta de jogar e não de competir. A motivação para mim está nas duas coisas e não somente em uma. Logo, esta enquete que ocorreu no meu blog não serviu para nada pois se as mudanças realmente tivessem sido feitas, creio que as opiniões seriam bem diferentes.

Quem esperava mudanças se decepcionou e não voltou mais; quem esperava que continuasse como estava também se decepcionou pois tudo piorou. A premiação já estava deprimente, salvo algumas exceções, o atraso era uma coisa absurda e mesmo com o emparceramento antecipado atraso era constante, fazendo com que os torneios sempre tivesse no máximo 5 rodadas. Dei algumas idéias para mudança do formato, como um torneio no final do ano com os melhores classificados de cada categoria, todos contra todos, valendo uma premiação maior, como um dinheiro arrecadado durante o ano para os adultos e livros e materiais de xadrez para a criançada, porém nada foi feito. Ano que vem pretendo organizar juntamente com pessoas de outras cidades torneios mais decentes, pois afinal de contas, tem gente que vem de longe jogar e espera no mínimo um torneio com 6 rodadas e premiação satisfatória. Isso tudo traz motivação e faz com que cada vez mais pessoas se reúnam para jogar este jogo tão saudável. Provavelmente terá um blog representando os torneios pelo Vale. Realizar um torneio pra ganhar dinheiro e acabar cedo pra ir embora mais cedo definitivamente não será meu objetivo!

Eu mesmo já não joguei este ano e nem pretendo jogar, já que a motivação para jogar torneios tão mal feitos acabou faz um tempo.

No entanto continuo treinando na medida do possível e escreverei aqui na medida do possível! Portanto peço a compreensão de todos pois alguns posts podem demorar mesmo.

Vamos ao que interessa:

-Os peões caracterizam em grande parte a posição.

-Eles são mais adequados para cobrir pontos e defender as outras peças. São melhores para bloquear o avanço de um peão adversário. Os peões podem privar as peças inimigas de suas melhores casas

-Quando se tem uma maioria de peões e deseja-se criar um peão passado então deve-se avançar primeiro o peão que não possui inimigo na mesma coluna .

-Quanto menor a maioria de peões, mais rápido o peão passado se formará; ex: 2x1 é mais rápido do que 3x2.

-O peão passado no final é de muito importante, pois com menos peças no tabuleiro, se torna mais fácil de promover. No entanto, no meio-jogo o peão passado também é muito importante pois as peças adversárias devem estar sempre em vigilância e podemos atacar na ala contrária, onde há menos vigilância.

Até mais!


Kannkeen

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meio Jogo - Parte XXII - TROCA DE MATERIAL



- Existem trocas que devem ser feitas com mais atenção, como por exemplo troca de bispo bom por bispo mau.
- Toda troca importante altera de alguma forma a característica estratégica da posição! Assim, é necessária uma mudança no plano tático e estratégico da posição.
- Quando o adversário possui muitos peões débeis e estrutura de peões vulnerável, então a troca de Damas é muito bem vinda, haja vista que a Dama é a única peça capaz de defender os pontos críticos com tamanho dinamismo. A tarefa de explorar essa fraqueza estrutural não apresenta grandes dificuldades.
- Se possuímos uma minoria numa determinada ala e se estivermos em um final, então devemos evitar movimentar estes peões pois deste modo dificultamos a tarefa adversária de criar um peão passado.
- Abaixo seguem os casos onde as trocas são vantajosas:
1) Quando uma peça inativa ou mal-colocada é trocada por uma peça inimiga bem posicionada.
2) Quando a troca priva o oponente de defender seus pontos fracos.
3) Quando a troca facilita a tarefa de converter vantagem material ou posicional ou quando a troca dificulta que o oponente mantenha sua vantagem.
4) Em posições em que as trocas aliviam a defesa ou diminuem os efeitos da vantagem espacial adversária.

See you!

Kannkeen

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Meio Jogo - Parte XXI - O REI

Olá a todos!

Hoje falarei um pouco a respeito da peça mais valiosa do jogo de Xadrez, o REI!

- O Rei nos finais exerce grande parte da sua força, pois o perigo de tomar mate é bem menor, já que existem menos peças de grande força no tabuleiro.

- Conduzir o rei é uma das mais importantes estratégias do xadrez.

- O roque não somente protege o Rei, como também determina todo o plano estratégico de ambas as partes.

- Quando os lados rocam em lados opostos, a luta se torna muito aguda, então aconselha-se ao lado atrasado em desenvolvimento esperar o adversário rocar e só então rocar para o mesmo lado do adversário.

- Quando se faz o roque grande, perde-se um tempo deslocando o rei para a casa segura b1 (ou b8 para as negras).

- O ataque ao rei adversário faz parte do plano estratégico. Devemos forçar o rei adversário rocar para o lado mais perigoso possível.

- Quando estamos com ataque em uma ala e queremos romper a ala oposta, devemos evitar recuar as nossas peças para defender pontos nesta ala pois assim diminuiremos nosso ataque na ala predominante; caso o rei possa defender estes pontos em segurança, devemos então fazê-lo.

- Às vezes, mesmo com peões muito avançados e ataques preparados em uma determinada ala nos permite rocar para a mesma ala, desde que o rei não fique desprotegido!

- Quando o rei está mais próximo do centro no meio-jogo, pode-se trocar o máximo possível de peças e então explorar as debilidades adversárias no final.

- Sempre evite que o adversário tome a iniciativa!

- Devemos sempre travar a ala onde o adversário está tentando atacar!

- Sempre que possível devemos deixar o Rei adversário exposto ao máximo! Force o adversário a rocar para o lado menos seguro, sempre!

Até mais!

Kannkeen

sábado, 17 de abril de 2010

Meio Jogo - Parte XX - A DAMA E COMO JOGAR COM AS PEÇAS MENORES



- A Dama possui grande mobilidade e é uma ótima peça para atacar diretamente as fraquezas da posição inimiga.

- A Dama pode se mover facilmente de uma ala para outra mesmo se a posição estiver bloqueada.

- A Dama pode ajudar as torres a ocupar colunas e os bispos a ocupar diagonais. Na troca destas peças, a Dama pode substituí-los em suas funções completamente.

- Os bispos fianchetados devem ser trocados somente se as Damas não estiverem no tabuleiro, pois a formação de fiancheto sem o bispo se torna uma grande debilidade facilmente explorável pela Dama.

- A Dama quando ativa, pode reverter um jogo aparentemente perdido e pode forçar um jogo empatado. A Dama é uma peça valiosa no ataque a pontos débeis e ameaças de mate!


Kannkeen

domingo, 11 de abril de 2010

Meio Jogo - Parte XIX - AS TORRES


Hallo! Hoje falarei um pouco sobre as torres:

- As torres precisam de preparação para entrar no jogo!

As torres precisam de colunas sem peões, especialmente sem os próprios peões. Estas colunas podem surgir de diferentes maneiras:

• simples trocas entre peões, especialmente no centro.

• trocas de peças protegidas por peões.

• avanços de peões contra a estrutura de peões adversária.

- Colunas abertas como um fator de ataque contra o rei adversário.

- Muitas vezes a posição ideal é posicionar a torre na frente da Dama numa coluna aberta, onde a torre expulsa o rei da 8ª fileira, enquanto a Dama vigia as casas de fuga do mesmo.

- Uma das grandes metas das torres, é ocupar a 7ª e 8ª fileiras.

- A torre e a dama na 7ª fileira restringe a posição inimiga ou força o ganho de peões.

- Na 8ª fileira quem sofre é o rei com inúmeras combinações de ataques.

- As torres podem jogar ativamente também na frente dos peões.

- Quando ambos os lados roçam para o mesmo lado, a torre ajuda a abrir colunas contra o roque adversário. O problema é que normalmente esta manobra enfraquece seu próprio roque, enquanto que abrir uma coluna sem avançar os peões é praticamente impossível. Estes são os casos em que é útil colocar as torres na frente dos próprios peões.

- Lembrar que todo avanço de peão diminui suas perspectivas para o final.

- Em posições fechadas, os jogadores devem se esforçar para deixar os peões nas casas iniciais.


Auf Wiedersehen!

Kannkeen

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Meio Jogo - Parte XVIII - A LUTA DE BISPO CONTRA CAVALO


Olá a todos!

Abaixo seguem algumas dicas em relação a bispo vs cavalo:

- A superioridade de um em relação ao outro se dá principalmente em função da estrutura de peões.

- O bispo é melhores em posições abertas e peões móveis e quando ataca peões bloqueados de casas de mesma cor do mesmo.

- O cavalo por outro lado é melhor em posições fechadas, onde seu movimento peculiar o possibilita a encontrar pontos de ataque proibidos pelos movimentos dos bispos (cada bispo se movimenta somente por casas de uma cor). Obviamente isto requer bases de operações para os cavalos, os quais são importantes para atacar pontos fracos e defender pontos estratégicos importantes.

- Numa luta pura de cavalo contra bispo, o lado que possui o bispo deve se esforçar para manter os seus peões móveis e deixar os peões em cores opostar a de seu movimento. O lado do oponente obviamente deve fazer o contrário.

- O lado que possui cavalo deve esforçar-se para deixar seus peões nas casas de cor diferente da cor do bispo adversário, fazendo assim que os peões adversários fiquem em casas de mesma cor do bispo.

- Se você estiver superior na posição (bispo vs cavalo), evite trocar as torres até que as Damas seja trocadas e assim esta estratégia o deixará em um final superior.

Até mais!

Daniel Yoshito Ikejiri

sábado, 27 de março de 2010

Meio Jogo - Parte XVII - AS PEÇAS MENORES (CAVALOS))



- Para seu poder de ação ser máximo, o cavalo necessita de uma base de operação. Se entende por isto uma casa em que o cavalo é protegido de ataques por outras peças e principalmente por peões, além de exercer forte domínio central)

- Um cavalo centralizado pode exercer a mesma influência (força) de uma torre.

- Um cavalo mal posicionado é uma desvantagem quase permanente pois perderá muito tempo para voltar ao campo central.


Kannkeen (Buho21 e Jaquemate)

segunda-feira, 22 de março de 2010

XADREZ - VALEPARAIBANO 2010 - 1a ETAPA - TAUBATÉ - 28/03/10



Olá a todos!

Dia 28 de março de 2010 (domingo) será realizada a 1a etapa do Circuito Valeparaibano de Xadrez 2010 em Taubaté (Vale do Paraíba). Conforme anos anteriores, esta deveria ser a 2a etapa do circuito mas pelo que sei alguns problemas estão ocorrendo e os organizadores devem fazer uma reunião após o torneio para levantar sugestões e soluções para este ano de 2010. Algumas mudanças que eu escrevi aqui em posts passados irão ocorrer, dentre elas o aumento do valor das inscrições de 10 para 15 reais e as categorias sub11 e sub 15 que passarão a ser sub12 e sub16 respectivamente.

Mais detalhes sobre o torneio em: http://www.avpxadrez.com/

O ritmo de jogo será 21min KO como sempre e o nº de rodadas dependerá do nº de jogadores.

Lembrando a todos que as inscrições vão até às 10:00hs e o torneio começa às 10:30hs.

Até o torneio!

Daniel Yoshito Ikejiri






quinta-feira, 18 de março de 2010

Meio Jogo - Parte XVI - AS PEÇAS MENORES (BISPOS)

- O bispo, para poder trabalhar com total ação, deve se posicionar em diagonais abertas. Nesta condição, seu longo poder de alcance demonstra sua força.

- Um bispo bem posicionado é um fator estratégico muito importante.

- O bispo não pode ficar limitado (movimentos) por seus próprios peões (bispo mau)

- O bispo quando se posiciona em g2 (normalmente na abertura) determina todo o caráter da posição.

- Seus peões devem estar em casas de diferente cor das casas por onde seu bispo se movimenta. Logicamente isto se dá para os casos em que os peões estejam imóveis.

- Sempre devemos nos livrar dos bispos maus.

- Bispos de cores opostas são passíveis de empate quando não existirem outras peças no tabuleiro.

- Par de Bispos:

Obter o par de bispos é obter vantagem decisiva!

Todas as casas são controladas quando se possui o par de bispos e seu poder em posição aberta se torna notável.

- Não é o valor intrínseco do par de bispos que realmente importa. O que mais importa é que se torna fácil escolher trocar um dos seus bispos por uma peça inimiga ativa. Geralmente o lado que possui o par de bispos está numa posição muito melhor, o que favorece a trocar com mais vantagem do que o lado que possui 2 outras peças menores.

- O plano estratégico elaborado por Steinitz para o lado que possui o par de bispos consiste em:

1) corretos avanços de peões a fim de privar os cavalos adversários de suas efetivas bases de operações;

2) Pressionar os cavalos para posições desfavoráveis;

3) Explorar a posição restringida dos cavalos e romper a posição no momento certo.

- Sob proteção do par de bispos, o Rei geralmente encontra facilidade em se dirigir para o centro. O Rei adversário pelo contrário, se torna restringido e longe do centro.

domingo, 14 de março de 2010

Confusão no XI Aberto Festa da Uva - FINAL

Olá pessoal!

Depois de ver a carta aberta do Diamant, ver o vídeo e ver a primeira publicação feita pelo Vescovi em seu blog sobre o assunto eu decidi que tinha que repassar o ocorrido e com opinião declarada.

Pois bem, agora acabei de ver a publicação de Vescovi se defendendo sobre o assunto e creio que a história que ele conta se encaixa perfeitamente ao ocorrido, ainda mais tendo acompanhado sua história enxadrística e sabendo de sua fama no Brasil.

Tendo conhecimento da história completa, eu venho aqui dizer que eu estava errado e peço desculpas ao Giovanni Vescovi pelas conclusões precipitadas em relação à sua atitude!

Deixo abaixo o texto que Giovanni escreveu em seu blog e depois o vídeo mais completo a respeito da confusão da partida com Diamant

"Em atenção aos inúmeros comentários do post anterior, farei minhas observações. A primeira delas é a respeito da natureza dos comentários, que partiram para um rumo bastante negativo. Evidentemente tive que excluir uma série deles, pois o tom ofensivo e calunioso foi exagerado, para dizer o mínimo. Outros, apesar de críticos, foram mantidos pois acho importante que as opiniões sejam manifestadas, e para falar a verdade, vários chegam a ser engraçados. Apesar da quizumba, alguns comentários foram muito perspicazes, interessantes, impessoais e construtivos. Não citarei nomes, mas aqueles que os fizeram saberão que me dirijo a eles.

Vamos ao mérito. O primeiro ponto a ser tratado é a respeito da minha alegação sobre o relógio não funcionar direito. Sobre esse ponto, naquele mesmo dia o Diretor do torneio e organizador principal me falou que após a partida verificaram o relógio e, de fato, conforme a batida ele funcionava ou não. Essa constatação foi corroborada por escrito. Ponto. Já que tanto falam de minha formação jurídica, posso dizer que tenho provas documentais da organização do torneio, que produziu sua prova pericial imediatamente após o fato.

E se o relógio não funcionava, minha reclamação era totalmente justificada e a troca do relógio era a única solução possível, pois de acordo com o Apêndice das Leis do Xadrez, mesmo em uma partida de blitz aplicam-se regras de torneio no caso de haver um árbitro presente, naquilo que não contrariarem as regras específicas de blitz. O árbitro pode e deve trocar um relógio com problemas por um que funcione direito, caso solicitado. Ainda, com base no art. 6.10.a do Handbook, “
the arbiter shall replace the clock and use his best judgment when determining the times to be shown on the replacement chess clocks”.

O segundo ponto é a declaração do André e o vídeo postados no site do Krikor. Curiosamente, esse vídeo mostra apenas a parte que lhe convém. Antes daquele momento o relógio já havia parado de funcionar e a partida já havia sido interrompida uma vez por este motivo. Duvido muito que o Andre tenha se esquecido disso quando escreveu sua carta. Este vídeo (no blog do Krikor) também não mostra como a partida continuou, não mostra que o árbitro ajustou o novo relógio e submeteu-o à apreciação de ambos, que concordaram com tais condições. E não mostra como a partida terminou: as brancas tinham vantagem de tempo, mas perderam por tempo, quando as pretas estavam dando xeque perpétuo.

Como pude ver, muita gente se interessou pelo assunto. Assim sendo, não terão dificuldades em encontrar um outro vídeo no YouTube, gravado de um celular, mas com quase seis minutos de duração. Este vídeo mostra a primeira interrupção por problemas no relógio. Ao perceber isso, em vários momentos eu precisava verificar se o problema persistia ou não. Mostra também que o André concordou com o ajuste feito pelo árbitro e mostra como a partida seguiu.

Meu erro no episódio foi instintivo: pegar o relógio na mão para solicitar sua substituição, no que contrariei o art. 6.7.c. Minha opção era baixar meus batimentos cardíacos, ficar mais calmo e desconsiderar o prejuízo já sofrido. Não me lembrei de fazer isso, mas nem por isso devo fazer qualquer retratação ou pedido de desculpas. Não devo nada a ninguém. Não sei se o árbitro podia interferir, pois no blitz a intervenção de um árbitro só é feita a partir de um pedido do jogador. Existem regras, e já que meu adversário pretendia jogar pelas regras e derrubar minha seta, ele bem podia também utilizar as mesmas regras e apresentar um recurso tempestivo. Não o fez porque não quis ou entendeu não caber.

Eu gosto do jogo de xadrez por vários motivos, mas um deles é de que numa partida não há espaço para meias-verdades. Ao ler a declaração do André fiquei decepcionado, pois ele procurou ocultar vários pontos acima: negou que eu tenha pedido para ele ajeitar as peças anteriormente (o que ocorreu bem antes e nem mesmo foi comentado em tom de crítica, mas apenas para mostrar que as peças não eram adequadas), deu a entender que aquele (o do video do blog do Krikor) havia sido o único momento de reclamação do relógio quando ele sabia não ser verdade. Isso para não comentar sobre sua insinuação ofensiva e de extremo mau gosto em seu msn.

É uma pena ele enveredar por esse rumo, fazendo falsas acusações, mesmo se baseando numa auto-justificativa de se sentir injustiçado. Em nenhum momento eu o ofendi, e procurei ser o mais objetivo possível, tendo inclusive reconhecido se tratar de uma “
lose-lose situation”, onde não haveria desfecho justo possível, tendo eu tido a sorte de ter sido mais rápido no final. Aliás, até a publicação da tal carta aberta, o André não havia agido errado em nenhum momento, pois não era culpa dele o relógio não funcionar direito. Mas depois destas manifestações, se alguém precisa se desculpar e retratar aqui, esse alguém é o André, seu pai e todos os anônimos e não-anônimos que levantaram ofensas descabidas.

Como bem observou um internauta, não tenho motivos para agir de má-fé, coisa que nunca fiz, pois sei que para se construir uma reputação leva-se toda uma vida, mas para destruí-la, basta um erro. Isso não significa, no entanto, que não posso defender meu ponto de vista, ou lutar por meus direitos ou aquilo que entendo ser correto.

Em resumo, toda essa balbúrdia foi criada pelo fato de eu ter segurado o relógio, numa reação instintiva e sem dolo. O André podia ter reclamado ao árbitro ou a mim, mas não se manifestou. O jogador tem todo direito de parar o relógio e reclamar ao árbitro, como eu fiz. E o árbitro atende (no caso do relógio) ou não atende a reclamação (no caso de empate em blitz).

Agora acho que esse assunto já deu o que tinha que dar, e com o perdão, encheu a paciência, pois não estava nos meus planos gastar tanto tempo para ficar dando satisfações (que não devo) ao invés de falar sobre algo mais interessante, como as partidas da Katita em Catanduva, ou do nosso amigo Ivanchuk em Nice.

No mais, aproveito para transcrever abaixo a tal partida:

Diamant x Vescovi
Caxias do Sul (Armaggedon) 2010

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 Cf6 4.d3 d6 5.c3 g6 6.0-0 Bg7 7.Cbd2 0-0 8.Te1 Bd7 9.Cf1 Ca5 10.Bxd7 Cxd7 11.d4 Cc6 12.d5 Ce7 13.c4 h6 14.b4 a5 15.bxa5 Txa5 16.Bd2 Ta3 17.Bb4 Ta6 18.Dc2 f5 19.C1d2 b6 20.a4 Cf6 21.a5 c5 22.dxc6 bxa5 23.c5 Txc6 24.Bxa5 Db8 25.Teb1 De8 26.Db3 Rh7 27.cxd6 Txd6 28.Bb4 Tb6 29.Ta7 Txb4 30.Dxb4 Cc6 (acho que foi após este lance que percebi pela primeira vez que o relógio das brancas parou de andar) 31.Txg7 Rxg7 32.Dc4 Cxe4 33.Tb7 Rh8 34.Cxe4 fxe4 35.Dxe4 De6 36.Dh4 h5 37.Dg5 Tf7 38.Txf7 Dxf7 39.Cxe5 Cxe5 40.Dxe5 Rh7 41.h3 Dd7 42.g3 Dxh3 43.De7 Rh6 44.Df8 Rh7 45.Df7 Rh6 46.Df4 Rg7 47.De5 Rf7 48.Dd6 De6 (a partir daqui foram muitos lá e cá de dama, etc) tempo 0-1"


Até mais!

Daniel Yoshito Ikejiri

sexta-feira, 12 de março de 2010

Confusão no XI Aberto Festa da Uva


Olá Pessoal!

Sei que quase todos os blogs de xadrez brasileiros publicaram a carta aberta do GM André Diamant em relação a sua partida (última rodada) com o GM Giovanni Vescovi no Torneio Festa da Uva 2010, ocorrido em Caxias do Sul.

Porém deixarei aqui tudo que foi escrito da parte do Giovanni, do André, o vídeo mostrando os últimos momentos e minha opinião de enxadrista.


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Carta aberta do GM André Diamant

São Paulo, 11 de Março de 2010.


Prezados enxadristas,


Quero levar ao conhecimento de todos a minha versão do que aconteceu no
Armageddon (desempate do ponto, após empate na partida pensada), ocorrido pela 9ª rodada do XI Aberto Festa da Uva, no último dia 7 de março, disputado entre o GM Giovanni Vescovi e eu.


Os últimos minutos da partida foram gravados em vídeo e está publicado aqui no blog do Krikor (
http://krikorsm.blogspot.com/). O vídeo começa com Dh4 quando estou melhor. Logo em seguida resolvi simplificar, já que meu adversário estava muito comprometido no tempo. Para mim, era claro que a vitória viria quando chegamos ao final de Damas.


Como pode ser visto no vídeo, em nenhum momento meu adversário reclama da maneira como eu jogo. Não há imagens minhas derrubando as peças ou deixando-as no meio das casas, e muito menos tenho tempo para analisar a posição durante o ajuste do relógio, como sugerido em seu blog(
http://espnbrasil.terra.com.br/giovannivescovi/post/107571_IVANCHUK+SOFRE+MAS+VENCE+O+XI+ABERTO+DA+FESTA+DA+UVA).


Gostaria também de deixar claro que, de acordo com as regras da FIDE, em partidas relâmpago o jogador não pode exigir empate em posição nenhuma (nesse caso, o empate era favorável a ele, pois estávamos no
Armageddon, e Vescovi tinha pretas) e que o árbitro que acompanhava a partida não declarou empate quando solicitado. Giovanni, que reconhece a existência da regra em seu blog, certamente também não me concederia o empate se estivesse na minha situação.


Na minha opinião, meu adversário, ao ver sua seta bem perto de cair, em atitude de desespero, parou a partida, pegou o relógio e começou a intimidar os árbitros para trocá-lo, alegando que o mesmo (utilizado na partida pensada e até ali no
Armageddon) estava com defeito. Vale relembrar que, um jogador como ele, com 24 anos de experiência nacional e internacional em torneios de alto nível, sabe o quão proibido é parar e pegar o relógio com a mão, especialmente durante um apuro de tempo sem acréscimo.


Eu, muito surpreso, não tive atitude para confrontar meu adversário, e o relógio foi de fato trocado pela arbitragem, por outro analógico. O critério utilizado para ajustar o tempo, o “olhômetro”, provavelmente me custou alguns segundos que foram perdidos quando o relógio estava nas mãos do meu adversário. No fim, eu que tinha boa vantagem de tempo acabei perdendo poucos lances mais tarde.


No entanto, em seu post, uma questão não foi esclarecida. Já que jogamos a partida pensada toda e o
Armageddon até ali com o dito relógio, por que justo aquele momento de tensão e desvantagem foi o escolhido para questionar o funcionamento do relógio e trocá-lo? Na velocidade em que estávamos jogando, considero virtualmente impossível perceber que o relógio estava sem corda, ou, de fato, com defeito.


GM André Diamant

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Do blog do GM Giovanni Vescovi:

" Na última rodada errei na abertura mas me defendi bem contra Andre Diamant e tivemos que disputar um tumultuado desempate.

Armaggedon

No calor da disputa ninguém se deu ao trabalho de pedir à organização um jogo de peças mais pesado e um relógio digital e isso foi um problema que comprometeu a justiça do resultado. As peças escorregavam muito e em um par de ocasiões tive que pedir ao adversário que as ajeitasse. Mas o problema crucial foi relativo ao relógio: a certa altura o relógio das brancas (Diamant) parou de andar.

Reclamei ao árbitro, deu-se corda no relógio rapidamente (afinal era um relâmpago e meu adversário ganhava segundos preciosos para pensar na sua jogada seguinte) e a partida continuou. Instantes mais tarde, já num final empatado de dama e dois peões para cada lado, novamente o relógio de meu adversário deixa de correr. Indignado e sem outras opções, exigi a troca do relógio. Agora o protesto vinha de meu adversário: como trocar o relógio a essa altura, e ainda mais como saber exatamente quantos segundos restavam para cada lado? Já não se falava mais em xadrez, e era evidente que as brancas utilizariam o regulamente e jogariam a dama para lá e para cá até fazer a seta das pretas cair.

Trocado o relógio a partida continuou com as brancas tendo pouco mais de meio minuto e as pretas por volta de 15 segundos. Para confundir meu adversário resolvi entregar um peão, o que curiosamente acabou sendo bom, pois a dama branca ficou mal posicionada e as pretas passaram a dar xeque perpétuo. Mas isso pouco importava, afinal não se pode reclamar as regras de empate em relâmpago (embora a leitura do Apendice das Leis do Xadrez no Handbook da FIDE não seja clara). De todo modo, ganharia quem fosse mais rápido no gatilho, e por estar com o relógio à minha direita acabei sendo eu.

Essa tremenda confusão deixou ambos os jogadores com uma terrível sensação de injustiça: quanto tempo o relógio deixou de funcionar, quanto tempo a mais para refletir meu adversário teve nas duas interrupções, será que nenhum dos lados foi prejudicado ou favorecido na troca do relógio? São perguntas sem respostas. A tecnologia veio para ajudar, e nada disso teria acontecido com um bom relógio digital. Mas pelo menos o público se divertiu..."

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Minha opinião:

Pelo que vi do Vídeo abaixo postado, a posição está igual, e sem quaisquer perspectivas para qualquer lado, já que ambos possuem 2 peões na ala do Rei, Rei protegidos e as Damas não forçam vitória nesta posição. O que vejo aqui é uma bateção de peças até o tempo cair para ver quem vence. Ao meu ver, não importa as regras da Fide ou qualquer tipo de regras e sim o bom senso, tão esquecido pela grande parte dos enxadristas que só pensam em vencer, não importa como! A posição é de empate e se na regra do torneio o empate significa em vitória para as negras, então Vescovi deveria sair vitorioso sim, mas não da maneira que aconteceu realmente.

Diamant está certo quando questiona a dúvida do Vescovi em relação ao relógio justo quando temos alguns segundos para cair a seta de ambos os jogadores. Mas eu acho que o Diamant deveria ter aceitado o empate porque é ridículo ficar forçando este tipo de posição.

É claro que se o empate não tivesse sido oferecido, aí sim os 2 poderiam jogar até cair o tempo de um deles.

Logicamente ambos os jogadores, assim como outros também argumentariam, dizendo algo do tipo: “E se um dos jogadores pendurarem os 2 peões?” Acho que a resposta mais adequada seria que isto não é xadrez, isto é querer ganhar na malandragem! Caso o Diamant não tivesse pendurado um peão, e tivesse a vantagem de 3x2 na mesma ala, tudo bem, mas do jeito que estava a posição, é empate, até mesmo pelo respeito que se deve ter com seu adversário!

Logicamente o que o Giovanni fez não se faz; pegar o relógio, ficar questionando se que o tempo não está passando para seu adversário, sendo que o mesmo relógio foi utilizado desde a partida pensada até o Armageddon e nada tinha ocorrido de errado. É palhaçada. É uma vergonha um GM desde porte fazer um absurdo como este.

Eu tenho certeza que eu ficaria sem reação e extremamente nervoso se isto tivesse acontecido comigo.

Particularmente duvido que ele teria feito o mesmo em algum torneio da Europa enfrentando qualquer Gm que seja! Mas aqui no Brasil pode tudo, né? É brincadeira?!

Cadê o árbitro? Não vai contestá-lo só porque ele é um GM há muito tempo? O árbitro existe para isto mesmo, para intervir quando for necessário e manter a ordem do jogo! Trocar um relógio analógico por outro igual foi realmente uma burrice sem tamanho!

Resumindo: Concordo com a revolta do Diamant mas no fundo ele sabe que a partida estava empatada e que ele receberia a derrota pelas regras do torneio de qualquer maneira. Uma decepção para mim ver um GM que eu admirava tanto fazer um sujeira como esta.

Já vi muita gente dizer que isto só acontece por causa da premiação. Sempre que aparece dinheiro na situação é que vemos quem tem caráter ou não!


Daniel Yoshito Ikejiri


Vídeo:


segunda-feira, 8 de março de 2010

Meio Jogo - Parte XV - O EQUILÍBRIO DA POSIÇÃO E SEU DISTÚRBIO

(Boris Spassky e Lajos Portisch)


Olá pessoal! Hoje darei continuidade na parte estratégica do xadrez. Falarei sobre como e quando decidir atacar no xadrez. Vamos lá:

- Devemos analisar a prosperidade da posição para ambos os lados.

Tal análise é muito importante para calcularmos particulares séries de movimentos.

É claro que devemos manobrar a fim de conseguir uma posição melhor para nossas peças e portanto a avaliação é muito importante.

- Logicamente se a prosperidade da posição é a mesma para ambos os lados então dizemos que a posição está igual.

- A vantagem das brancas de saírem com o lance inicial pode ser neutralizado pelas negras entre o 12º e o 20º lance. Porém a vantagem das brancas se dá em que qualquer descuido por parte das negras, as brancas ganhem vantagem considerável (tempo, vantagem em espaço, etc.)

- A fim de forçar alguma vantagem, você deve criar estratégias e problemas táticos para o adversário.

- O princípio bem conhecido da ciência e da guerra diz que para executarmos um ataque bem sucedido, temos que ter mais peças atacando do que peças defensivas do adversário. Este conceito também é aplicado no Xadrez.

- Não ataque se você estiver mais fraco (desvantagem posicional, material). Caso contrário você sofrerá desvantagem decisiva.

- Para conduzir um ataque, devemos ter peças mais ativas, vantagem em espaço, peões móveis, ou pontos fracos na posição inimiga.

- Uma vantagem estratégica (desequilíbrio de forças) não leva sempre à vitória, pois há finais salvadores para o lado mais fraco. Esta é uma das dicas que leva sempre aos jogadores que querem progredir a estudar finais!

- A iniciativa é o primeiro passo para um ataque.

Muitas vezes se sacrifica um peão a fim de conseguir a iniciativa.

Até Mais!
Daniel Yoshito Ikejiri

quinta-feira, 4 de março de 2010

Meio Jogo - Parte XIV - Caráter da Posição e a Escolha do Plano Correto


Hallo!

Hoje passarei um pouco mais sobre jogo posicional:

- Devemos compreender a posição e baseado nisto, devemos escolher um plano estrategicamente correto.
- Para julgar corretamente, devemos observar atentamente:
1) A relação material – isto é, a igualdade ou superioridade material no tabuleiro.
2) O poder individual entre as peças.
3) A qualidade individual dos peões.
4) A posição dos peões, isto é, a estrutura de peões.
5) A posição dos reis.
6) A cooperação entre peças e peões.
Alguns dos fatores que determinam o caráter da posição são duradouros, outros são temporários.
- Um importante fator duradouro é a qualidade e a estrutura de peões pois sua movimentação é lenta e gradual.
- A posição dos reis também é um fator duradouro.
- A posição das peças é chamado de fator dinâmico.
- Um plano B sempre deve ser guardado na manga, para o caso de uma mudança brusca na posição acontecer. Às vezes até uma pequena mudança na posição necessita de uma mudança de plano.

Auf Wiedersehen!

Kannkeen

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Meio Jogo - Parte XIII - Conceitos Estratégicos


Olá a todos!

Hoje vou passar um pouco do conceito de estratégia.

- Para se tornar um mestre de xadrez você deve conduzir seu jogo de acordo com o um plano bem elaborado.
- O conjunto de conceitos dos planos estratégicos se chama estratégia.
- A estratégia é a mesma na ciência, guerra, política, etc.
- No xadrez, controlar uma coluna, enfraquecer a estrutura de peões inimigas, criar um peão passado, tudo isto faz parte da estratégia.
- O plano no xadrez além de estar correto, deve ser conduzido corretamente. O método como se conduz o plano estratégico se chama tática = combinação e realização de sacrifícios, ataques duplos, cravadas, xeques, etc.

Até mais!

Kannkeen (Jaquemate e Buho21)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Meio Jogo - Parte XII - MANOBRANDO CONTRA A DEBILIDADE INIMIGA



- Devemos primeiramente obter maior liberdade de movimento para nossas peças!
- Manobrar a fim de explorar as debilidades inimigas, deixando o adversário restringido e com debilidades insustentáveis.
- O planejamento é fundamental para este tipo de ação! A estratégia aqui é a base da operação!
- Sempre tenha um plano "B" em mente!
- Atue em uma das alas, na qual há alguma debilidade evidente e depois force o adversário para que se preocupe com a outra ala, afim de manobrar contra 2 ou mais debilidades e forçar o adversário a dividir suas forças!


See you!

Kannkeen


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meio Jogo - Parte XI - A SUPER-PROTEÇÃO



Olá a todos!

Hoje irei falar um pouco sobre proteção de pontos estratégicos importantes:

- O contato entre o pontos fortes e os super-protetores proporciona vantagens para ambos:
Para o ponto forte, porque a profilaxia induzida por um procedimento deste tipo concede a maior segurança contra um possível ataque.
Para a peça super-protetora porque a casa em si lhe serve de uma fonte de energia, na qual pode de forma contínua extrair sua força.
A super-proteção constitui-se em uma manobra que por si mesma está estreitamente vinculada ao jogo posicional!
Devemos analisar e determinar quais são os pontos estratégicos importantes e devemos super-protegê-los pois caso o adversário conseguir ocupá-lo deverá obter decisiva vantagem posicional!

Até mais!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Meio Jogo - Parte X - O PEÃO DOBRADO / RESTRINGINDO A POSIÇÃO

(na 1a foto : Keres e Petrosian)
(na 2a foto: Fischer e Tal)


Hallo!!

Aqui neste post eu darei um apanhado geral sobre os peões dobrados e suas consequências no jogo!

- Devemos saber diferenciar a ativa e passiva fraqueza dos peões dobrados.
- A estrutura de peões que possui peões dobrados possui uma fraqueza permanente que aparece quando avançamos esta estrutura de peões = fraqueza dinâmica.
- A força destes peões e desta estrutura se dá quando deixamos esta estrutura estática, sem avanços!

- Quando os peões dobrados não podem avançar (falta de apoio) - fraqueza passiva, então um avanço contra os peões dobrados é indicado. Mesmo que os peões se desdobrem, um mal maior nunca é evitado (domínio de coluna, ataque, iniciativa, etc.) Primeiramente devemos incitar o avanço dos peões dobrados adversários = ganho mais fácil.
- A massa de peões dobrados deve ser incitada ao avanço para depois podermos “colocar em questão” os peões dobrados.
Esta massa de peões quando estática, se torna muito forte, por isso devemos provocar seu avanço (fraqueza dinâmica)

- A grande fraqueza dos peões dobrados é o peão isolado que fica ilhado no tabuleiro, alvo fácil de ataque.
- Avançamos um de nossos peões dobrados quando temos a oportunidade de trocá-lo.

- Os lances "misteriosos" das Torres:
Às vezes, devemos jogar as torres em colunas fechadas, prevendo a ação adversária de num futuro próximo abrir a coluna e assim, ativarmos nossas torres.
- Logicamente, devemos analisar sabiamente se a coluna irá se abrir ou não, pois o lance pode muito bem se transformar numa perda de tempo e pior, pode se estar executando um plano perdedor;
Este tipo de lance de torre na maioria das vezes é para dificultar lance de libertação do adversário.
-Conceito: Um lance de abertura da posição, se suas peças não estiverem desenvolvidas, não é considerado um lance de liberação e sim um tempo a mais para o seu adversário abrir ataque contra você e principalmente deixar as peças dele mais livres.

-Não deixe a maioria de peões centrais de seu adversário avançar muito pois o efeito pode ser devastador.
-A maioria de peões é mais valiosa se for avançada em direção à base inimiga, pois logo linhas de ataque serão abertas e a exploração naquele setor será mais promissora.

- O processo para atacar um centro de peões adversário é:
Retrair-Bloquear-Destruir

Tschüss!!

Kannkeen (Buho21)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Meio Jogo - Parte IX - CONCEPÇÃO DO JOGO POSICIONAL E O PROBLEMA DO CENTRO


Neste post darei uma introdução ao conceito de jogo posicional:

- O jogo posicional é composto de lances que tornam a posição segura e não somente de lances agressivos e de ataque. Lances que deixam nossa peças em contato com pontos estratégicos. (nossos ou do adversário).
- Ataques prematuros nas alas devem ser punidos com contra-ataque no centro.
- Não pense sempre em atacar, pense também em manter seu jogo seguro.
- Devemos acumular vantagens no meio-jogo e explorá-las nos finais!
- Suas peças devem estar organizadas de forma a evitar lances de libertação do adversário.
- Nos pontos importantes devemos defender mais do que possa ser atacado. (THE OVER PROTECTION) - a recompensa para estas peças será sua liberdade de ação e boa posição.
- Normalmente os pontos importantes estão no centro, pois este sempre está sob fogo cruzado, peões passados, fortes casas de bloqueio.
- Pontos fracos não devem ser protegidos a não ser que este ponto seja base para um ponto forte.
- O jogador que joga pelo centro sempre obtem melhores perspectivas do que um jogador que joga pelas alas.
- Ataque nas alas - contra-ataque no centro.
- Para atacar nas alas, na maioria das vezes as torres também devem participar do ataque, senão estas ficam na defensiva atrapalhando o próprio ataque.
- O centro consiste nas 4 casas centrais, não peões, pois algumas vezes temos apenas peças e não peões dominando o centro.
- Para atacar nas alas, antes o centro deve estar dominado e seguro.
- Se dominarmos o centro, teremos possibilidade de atacar / escolher uma das alas.
- O controle do centro não depende apenas de peões e sim de outros fatores e de sua efetividade no centro.
- Obstrução = é o lado negro da sua ocupação (peões).

Auf Wiedersehen!

Kannkeen